"A lua testemunhava a dor que transparecia no seu olhar profundo,

a máscara na sua face se desfazia a cada entardecer quando entrava em seu quarto,

talvez nunca ninguém o conheceria realmente, não somente seu coração

que clamava por socorro,mas o mais profundo da sua alma...

O que ainda o encantava era um sorriso doce, singelo, delicado que saía da sua boca,

quase que de repente, como um gesto involuntário de algo que desconhecia.

Nada nunca fez sentido, quem sabe nunca o fizesse ver sentido nas coisas.

Seus ouvidos apenas desejavam ouvir galanteios das bolhas dançantes que ferviam

de seus sonhos e lhe saltavam do peito, porém depois faziam silêncio absoluto.

Aquele silêncio que onde a greve de pensamentos, a falta de ar, faziam esmorecer as pernas.

O que a falta de sonhos faz com alguém. Tira-lhe o prazer por respirar e sentir o coração bater

e o brilho no olhar apaga-se, como ao fim de um espetáculo maravilhoso as cortinas se feicham

e tudo se faz negro."