quarta-feira, janeiro 14, 2009


"Aquela parecia ser uma tarde como qualquer outra até uma estrela atemporal cair nas suas mãos e como a uma pérola em sua ostra escondeu-a, tudo estava no seu lugar, porém, apenas sua vida suprimia as canções do vento que soprava do outro lado da janela. Folhas secas levadas no bailado suave na ritmação da poesia. Lá permaneceria estarrecida com o apito do trem que parte rumo às constelações, com direito a uma parada em saturno para apreciar a paisagem do vago ancorar dos órbitais olhos da musa sobre seus anéis. Eis que descobre-se que o que estava a ocorrer era apenas a mudança de estação que vai e vem de tempos em tempos com uma freqüência enigmática. Harmonia de tons e versos entrelaçada nas cordas do universo que sustentam sombras excitadas para saírem da mesmice do acaso. Vagueia por ruas frias e flores que exalam o mais doce perfume que outrora escorreu por entre os dedos do sonhador. Acomodada nos desejos estava ela com sua caneta a rabiscar um papel qualquer."