quarta-feira, junho 15, 2011

Deleite dos Astros Solitários

"Sem saber o que fazer com as mãos tateei os bolsos e pousei-as em um buraco no peito, os pés fincados ao solo, não havia brisa, até o som do vento havia me abandonado, esbocei um sorriso triste. Por um instante peguei-me a pensar em "N" paradoxos ...uma voz dizia que para se alcançar o céu é necessário tirar os pés do chão... Senti vontade de voar furtivo pelo Universo, brincar com a poeira das estrelas, girar com os planetas como uma bailarina astronauta. Nas insanidades deste louco coração de poeta que tenho, repouso calmamente nos anéis de Saturno, aguardando a próxima visita de um pensamento atemporal, a apreciar os galanteios das bolhas cantantes que sim, são expelidas de meus poros. Lembrei-me da beleza singela da infância, quando olhei para o infinito e me senti o rei desse reino de silêncio, a vida tornou-se uma folha branca sulfite e nela comecei a desenhar o futuro. Sem inicio, sem fim, apenas infinito em toda sua dimensão."

Thâmy & Biel