"Essa penumbra que cerra minha visão, densa, assustadora... não mais recordo o tanto que um dia eu pude respirar aliviado, dias passaram-se, meses, anos... e agora já não posso ver.
Arrancaram-me do meu lar e faço a seguinte pergunta... quem estará no final daquele aspiral que engole lembranças e cala nossa voz?
Os sons estão cada vez mais distantes e a melodia a qual escuto, é a que flui das partituras da minha solidão, sorrisos amarelos restaram no estoque, agora salvem-se quem puder. Tudo está atraído pela força centrípeta e os sonhos foram congelados em cubos, usados para fazer refresco para alguém que mal escova os dentes.
Cobram-me pela rúbrica ao pé da página, porém, não passo de um heterônimo do meu próprio destino."